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Arquitetos: OMA
- Área: 14900 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Bruce Damonte
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Fabricantes: Agnora, Canam, Guardian Glass, MULTIVER
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Pavilhão Pierre Lassonde - do Museu Nacional de Belas Artes de Quebec - está interconectado porém díspar, como uma adição sutilmente ambiciosa em meio a cidade. Em vez de criar uma imposição icônica, forma novos vínculos entre o parque e a urbe, conferindo coerência ao MNBAQ.
O contexto complexo e sensível do novo edifício cria perguntas centrais que sustentam o desenho: como estender tanto o Parc des Champs de Bataille quanto a cidade para o seu interior? Como respeitar e preservar a igreja de Saint Dominique e criar uma obra persuasiva em Grande Allée? Como esclarecer a organização do museu e ao mesmo tempo crescer em escala? A solução do OMA foi agrupar as novas galerias requeridas em três volumes de tamanho decrescente para abrigar as exposições temporárias, coleções modernas, contemporâneas permanentes, artes decorativas e desenho, assim como obras de Arte Inuit (indígena), criando uma cascata ascendente desde o parque até a cidade. O edifício pretende entrelaçar a cidade, o parque e o museu como uma extensão dos três simultaneamente.
Enquanto diminuem de secção, as galerias aparecem na planta emoldurando o pátio existente do claustro da igreja e a orientação do edifício em relação ao parque. O parque entra no museu (através de claraboias e janelas cuidadosamente projetadas) e o museu no parque (com a extensão das exposições no terraço e a escada pop-out ao ar livre).
A ampliação cria uma altura de 12.6m no hall principal, sob um espetacular balanço de 20m. O grande hall serve como interface para a Grande Allée, uma praça urbana para as funções públicas do museu e uma série de portas de entrada para a galeria, pátio e auditório.
A estrutura em balanço é suportada por um sistema de vigas em aço híbrido abrigando grandes galerias sem pilares. A fachada em camadas é tanto estrutural, quanto térmica e solar, frente as contraditórias necessidades de luz natural e isolamento térmico para o rigoroso clima invernal do Quebec. A fachada de vidro com três camadas é composta por uma fita impressa 2D que imita o padrão da estrutura de uma armadura, um relevo 3D de vidro e uma camada difusora. Nas galerias, as paredes isoladas encontram-se por trás do sistema de vidro translúcido, com um espaço intermediário que ilumina o edifício durante a noite como uma lanterna no pátio. O grande hall está rodeado por uma parede de vidro, com estruturas do mesmo material, que permitem vistas praticamente sem obstáculos, convidando o transeunte a entrar ao pavilhão Charles Baillairgé.
Como complemento aos espaços da galeria, estão o hall, salões de exposição, lojas e jardins para oferecer um híbrido de atividades, arte e passeios públicos. No caminho, orquestradas vistas desde a monumental escada em caracol e a escada exterior voltam a conectar o visitante ao parque, a cidade e ao resto do museu. Dentro das galerias, entrepisos com vistas vinculam os espaços de exposição temporárias e permanentes. No ático de cada uma das galerias, existem espaços para exibições e atividades ao ar livre.
Novos espaços para exposições conectam-se aos edifícios existentes do museu através de um corredor de 130m de comprimento, criando um espaço permanente para os 40m da obra "Homenagem a Rosa Luxemburgo", de Jean -Paul Riopelle. Através de seu grande comprimento e das mudanças de nível, o corredor cria uma mistura surpreendente de espaços de galeria que conduzem casualmente o visitante, por todo o complexo do museu.
OMA wins competition for the Beaux Arts Museum in Quebec expansion